Bem Vindos ao Própria Poesia!

Bem Vindo ao Própria Poesia!

Boas leituras!!!

17/11/2011

Incerteza


Já nada sei, tudo perdi
Certezas de mim,
Sobretudo certezas de Ti
Interrogações sem fim

Que procuro a mim responder
Que em mim procuro entender
Mas não há respostas
Tudo esta para mim de costas

Voltadas, como tintas aguadas
Que não se prendem a nada
Que deixam as paredes borratadas
Como uma tela inacabada

E agora? Que faço?
Que digo? Que penso?
Flutuo como sargaço
Num mar imenso

De dúvidas e interrogações
Que me não permitem,
Nestes infinitos turbilhões,
Conhecer o que me omitem…

Inútil, indeciso, frustrado
Neste “filme” inacabado
Que com o futuro esta compromisso
 Mantendo o seu fim omisso…

Porquê isto? Porquê assim?
Porquê tantas dúvidas de mim?
Talvez porque vivo,
E viver é isso…ter duvidas
“Descobrir” a cada passo,
Conhecer as respostas escondidas
Procurando evitar o fracasso
...

14/10/2011

Tudo acaba


Tudo é certo depois de se criar,
Tudo tem como se impor
Só tem que se fazer importar
E a certeza que se vem entrepor:
                Durará até acabar

Desde o simples ao mais extraordinário
Tudo tem algo em comum
Tudo se liga como vidro de aquário
Por uma fina ligação capaz de ser quebrada
Por mais não que um simples dejejum
Daquilo que se sabe vir a caminho
Tudo acaba por adquirir o título de” coisa acabada”
Sobrando um passado que se fez existir desde o ninho

Tudo acaba por mais não poder durar
Ou simplesmente porque se fez terminar
O que se podia até prolongar mas não prolongou
Desejamos que algo dure e mais depressa  dizemos:
                                                               Acabou!

Pensando na roupa que mais gostamos
E sendo ela também a que mais usamos
É aquela que mais se corrompe
Enquanto a outra, ficando no armário,
Prolonga sua inanimada vida tal como a começou

Parece contraditório mas é o que prevalece
O que gostamos mais depressa terminará
O que menos gostamos mais vivera
E o que gostávamos com o tempo desvanece

Desejamos aquele sentimento que de tão grande
Se tornou tão pequeno na duração
Queríamos muito mais, mas mais não existiu
Por vezes pensamos que o esforço foi em vão
Não nos lembrando do que se sentiu
Do que se viveu, parecendo que por mais que se ande
Não se esquecera a saudade de algo que gostamos
Fortemente e que do mesmo modo nos feriu, nos magoou
E tudo porque? Simplesmente porque acabou…

Então luta-se com força e coragem
De quem não faz da vida uma miragem
E tenta vive-la o mais que poder
Sem se esquecer daquilo que quer ou não quer

Todos nós já desejamos algo para todo o sempre
E se ainda não desejamos, pelo menos ambicionamos
Queremos mais do que gostamos e é natural que assim seja
Queremos o nosso bem e instintivamente o procuramos
  
Queremos um futuro e de um jeito ou de outro
Lá pensamos nele definindo algo a atingir
Tendo pequenos ou grandes sonhos
Melhor ou pior, com sorte ou sem ela
Lá vamos vivendo de encontro ao que queremos

Tendo sempre presente conquistas,
Derrotas, perdas e ganhos
O certo: Tudo acaba; o importante é aproveitar
Enquanto dura, e dure o que durar
Que seja bom enquanto durou

30/09/2011

Aquilo que sou


Em muito me defino
Com pouco me contento
Sou Ser como outro,
Um Mundo, um vento…

Quero ser mais, luto por isso
Tento fazer melhor do que fiz
Persisto em melhor fazer
Quero mais que querer

Simples no que me assenta
Exigente no que faço
Humildade me representa
Na vida por que passo

Privilegio a Amizade
Altruísmo faz parte de mim
Mantenho uma saudade
Daquelas que me fazem ser assim

Orgulho me acompanha
Um mole coração tenho
Quero no hoje e no amanhã
Manter os que comigo mantenho

Mais poderia dizer,
Em menos me podia definir
Sou aquilo que sei ser
Uma vida, um livro por abrir

Casais


O amor surge de um caminho
Que se molda, por vezes longo
Por vezes árduo, por vezes minguo
Mas nunca, nunca sozinho

Depois da paixão,
Onde se age sem questionar,
Onde se vive uma emoção
Que não pensa nem deixa pensar

É por vezes a desilusão
Que fica de salientar
Mas não se vive em vão,
Já que tudo contribui para Vida dignar

Será apenas um contributo
Dado à vida vivida
Enaltecendo o seu estatuto
De pura mística desconhecida

Ou um forte grande amar
Capaz de tudo vencer,
Capaz de tudo superar,
Sendo uma fonte de viver

Dos “amores” que se assim nominam
Sem sequer se saber nomear
Surgem-me pensamentos que duvidam
Do que é sentir, do que é amar…

Também considero importante
Um casal formar
Pois é união cativante
Do conhecer e do gostar

 Assim se cria descendência
Por vezes demasiado cedo
Fazendo-o na adolescência
Não mostrando ter medo

Da forte punhalada na sua vivencia
Da preciosidade do segredo
Que para si cativaram sem clemência
Como disparo de imponente torpedo

Outras, fazendo-o quando devido
Respeitando tempo de maturação
Vivendo o que deviam ter vivido
Para saber tomar tal decisão

Assim sendo, Casais
Que na diferença se assemelham
Mesmo sem haver dois iguais
Todos que assim se nomeiam

Dignem o que assim sabem chamar
Suplantem as dificuldades
Imponham todas as verdades
E saibam o que é Amar.

16/09/2011

Reflexão de Relação


Se tivesse de numa palavra a definir
Escolheria a palavra RESPEITO
Pois é o que demais há-de prevenir
Uma ma situação capaz de ferir o peito

E falo em todo o Respeitar:
Respeito pelo conhecer
Respeito pelo interpretar
Respeito pelo outro Ser
E mais respeito ao dizer Amar

Por diversas fases devemos seguir:

No sentido lato, Conhecer
Para posteriormente saber avaliar,
Gostar ou não gostar, decidir o que fazer,
O que sentir e o que declarar;

A Paixão, fase esta, sem razão
Em que tudo parece bom,
Não há falhas nem se não,
Tudo faz bater forte o coração;

Por ultimo, ponto de Decisão
Amar ou simples gostar,
É a terceira fase numa relação
Em que nem sempre é fácil interpretar
Os malabarismos do palpitar do coração

Se a paixão para mais evoluir
Esta mais uma vez no Respeito
O sentido para o Amor
Inicia-se um novo progredir,
Consciente de que nada é perfeito,
Num novo rumo de intenso valor

Dificuldades irão surgir
Por elas a Relação ira fortalecer
Temos de sempre juntos seguir
E dela fazer uma ponte para Vencer

Juntos, no que o bom e o mau fazem parte
Entre dois seres uma simples união,
Capazes de enaltecer o Amor como Arte
Fazendo dele o motor do Mundo,
Um forte batimento do seu coração

10/09/2011

Meu Sonho...Sereia


Sentado na área, admiro Natureza
Aquela força natural exibindo-se
E esse teu jeito magistral definindo-se
Dão comigo cativado por tal beleza

O mar vai e vem, forte, seguro de si
Imitando-te, ou tu imitando-o
Caminhas areal dentro, foco-me em ti
Completas o mar, em ti fundindo-o

Mergulhas como sereia sem cauda
Fascinas-me como templo de arte,
Despertas esta vontade de ter-te
Que mais e mais se desfralda

Agora, areal fora, segues tu caminhando
A água salgada escorre suave por tua pele
E estes pensamentos por onde ando
Incontrolados como voltas de carrossel

Dão comigo num exponencial desejo
De te sentir mais perto, de te tocar
Quero conhecer tua voz, como realejo
Guarda-la para poder sempre recordar

Define-se cada vez mais teu ser,
Em proporção a minha admiração,
Desvanece meu controlo por te querer,
Ergo-me e deixo levar-me pelo coração

Sigo pelo vasto de areia
Quente, aquecida pelo sol a raiar
E tu, mais perto, mais bela ao meu olhar
Dando-me o poder de acreditar:
       És tu o Meu sonho… Sereia  

09/09/2011

Nada p´ra fazer


Estou só em mais uma tarde…
Quente lá fora, quente meu corpo,
Apetece-me sentir frio de verdade
Neste calor que sufoca pouco a pouco…


Nada p´ra fazer, nada em que me focar
Fico-me pelo ver e pelo observar
Pelo sentir que me esta inerente ao Ser
E pela procura de algo p´ra fazer!


Nada, nada encontro
Tudo, tudo procuro…
Mas fico-me pelo silêncio…


Comigo, apenas comigo
Só, entre coisas e objectos…
Falta-me um olhar para outro “umbigo”,
Mais diversidade, mais conhecimentos!


Continuo a procurar algo p´ra fazer…
E quando me presto mais atenção…
Dou comigo, aqui, a escrever
Sem rumo, sem intenção


Deixei os dedos ganhar vida
Fluir pela sua vontade
Procurar alguma saída
Uma outra realidade!


E já passaram uns segundos,
Em mais nada pensei…
Distrai-me com a vida dos dedos
E agora talvez sinta que me enganei!

Enquanto me preocupava com o que fazer
Já em actividade intensa eu estava
Pois já me encontrava a viver
E ainda a observar o que me rodeava

Percebi que o importante
Não é o ter algo p´ra fazer!
O que nos é cativante
É a capacidade de Viver!

05/09/2011

Muito Obrigado!

 Ao atingir as 1000 visitas ao Própria Poesia, não posso deixar passar este feito em branco! 
Quero agradecer a todos os que visitaram manifestando o seu apoio, aos que  deixaram a sua sincera opinião, aos que assinalaram a sua reacção, enfim, a todos!


Quero ainda deixar em realce que o Própria Poesia esta numa grande expansão a nível mundial! Foi visitado através de diversos países, de entre os quais o meu - Portugal-, Russia, Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Ucrânia, Bélgica, Luxemburgo, Canada, Angola, Suiça e Inglaterra. A expansão tem vindo a acentuar-se, tendo  um crescimento de cerca de 70% nos recentes dois meses, chegando cada vez mais longe! Muito obrigado!




O blog esteve parado algumas semanas por nem sempre a veia poética estar activa, por falta de tempo e muitas vezes por estar dedicado a outra vertente da escrita, a prosa! Talvez para breve tenha novidades nesse campo... Para ja prometo continuar com poemas que iram ser, como sempre, aqui divulgados a vós e ao Mundo! 


 Espero que me acompanhem até às 2000 visitas! 



Cumprimentos a todos vós. ....:::António Ribeiro:::...


02/09/2011

Fumar nesta Juventude


Se pensas que te da respeito
Enganaste!
Se fazes por companhia
Não vais longe!
Se fazes para ter a mania
Mais vale estar quieto!
Se fazes por prazer
Fuma até morrer!

09/08/2011

Assim és...

De beleza inegável
Com um sorriso incomparável
Tua espontaneidade admiro
És ainda Ser extrovertido que venero
                         Assim és: Alegria

Teus olhos castanhos
Com o escuro de cabelos tamanhos
Te contemplam o rosto
De traços de enorme bom gosto
                   Assim és: Natural

De coração puro e bondoso
És ser duro e também corajoso
Simples no que me cativa
Elaborada por seres Tu, Vida
         Assim és:  Singular

Tu mesma sem rodeios
Dizes o que sentes
E ainda simplificas os meios.
Apenas tu não me mentes
         Assim és: Verdadeira

De colo reconfortante
De carinho pronto
És tu de paciência abismante
Vida cativante, o meu  seguro porto
         Assim és: Segurança

Amo-te, porque mais não sei como expressar
Admiro-te, porque menos não seria de esperar
Completas-me, porque  me sinto por ti preenchido
Acarinhas-me, porque sou de ti nascido
                            Assim és: MÃE!

Apetece-me falar


Apetece-me falar, ser mal educado
Extravasar porcarias, memórias vadias
Dizer o que me na mente aparece
Mandar “fuder” quem merece!

Estou cansado de seguir linhas!
Quero ser vulgar!
Quero ser como aquelas galinhas
Que andam por ai a vadiar

Quero que se lixem!
Quero que morram!
Quero viver depois de alguém
Quero matar, mas não sei quem!

Estou doido, endoideci
Foi desta vil comédia
Deste país onde vivi e cresci
Desta imóvel porcaria
Que já não vive, vivia
Mas que me tem aqui…

Revoltado, chateado, roubado
Por tudo isto, mal tratado!
E quem foi? Uns cabrões
Que sacam dinheiro
Que podia encher camiões!

São milhões e milhões
E pronunciam-nos como
Simples trocados
Pudera, não são eles os roubados!

Cambada de ladrões,
Competentes na incompetência
Cobardes quando deles
Se quer mais dependência

Vejo que tanto falam
E o que ouço? Nada!
Na verdade cagam
Em quem trabalha
E a consciência? Leve!
E a carteira? Pesada!
É assim esta canalha!

Cansei de falar
E nem um terço disse
Quero apenas guardar
 Esta talvez  tolice!

Poupa-la para uma velhice,
Que adivinho, sem futuro.
Trabalhar no duro
Lutar para nada ter
É fudido, mas a muitos, teve de ser!

05/08/2011

No meu pior


No meu pior, mato.
No meu pior, esfolo.
No meu pior, desiludo
No meu pior ainda desolo…

No meu pior, faço o que não quero
No meu pior desacredito o que venero
No meu pior quebro o limite
No meu pior, engano-me no palpite

No meu pior apaixono-me sem vontade
No meu pior iludo a verdade
No meu pior quero o que não posso
No meu pior sinto que maço

No meu pior queimo vida
No meu pior acelero o fim
No meu pior saio de mim
E ainda faço o que me invalida

No meu pior há tanto a dizer
No meu pior não me calaria
No meu pior há muito a fazer
No meu pior vou ser melhor… um dia!

05/07/2011

Essência de teu ser


Ainda é pouco aquilo que posso dizer
Esse teu espontâneo ser
Te distingue e te abrilhanta
Numa amizade que se adianta

Num acentuar de palavras
Numa troca de doces ditos
Em que me acarinhas
E desmistificas mitos

Desprendida de vergonhas
Dizes tudo que pensas
A frontalidade te admiro
 E Seres quem és, venero!

Respostas de simpatia
Que a outras vidas guia
Espalhando carinhos
Adoçando a vida dos “sozinhos”

Estas pronta a ajudar
És uma linha de conforto
Tens amor para dar
E ainda és Seguro Porto

Inimaginável bondade
Que te caracteriza
 Tens também amabilidade
Que ainda mais te enfatiza

Assim és tu singular,
Sem muito a quem comparar.
Ser único que se há-de guardar
 E para sempre recordar

03/07/2011

A caminhada da Vida do Tempo


É verão, o calor arrasta-se
Mantendo-se desde o nascer ao pôr
A brisa que corre aquecida, desvanece
O meu rosto procura outro ardor…

Deixo o sol se pôr
A lua iluminar meu caminho
O amanha o hoje transpor
E sigo eu na caminhada, sozinho...

Passo a passo, noite fora
Só o silêncio me acompanha
E a brisa natural, agora estranha
         É da hora!

Penso, só penso em não pensar
Tudo vejo, tudo quero
A natureza venero
E  ainda não me fartei de caminhar

Sinto-me só, estranhamente só
Mas como me posso sentir só?
Há árvores, insectos, ervas ,flores…
Há vida para além de mim!
Há quem também tenha dores
E ainda quem se canse de viver assim



Ando caminho, percorro estrada
Ainda sozinho acompanhado por todo o nada
Olho para a lua abrilhantada
Cheia, como eu ser gostava…

Todo o vazio esta cheio
Preenchido por tudo que não vejo
Quero juntar-me a ele mas tenho receio
De que o ele me mergulhe em não mais que desejo

Continuo a caminhar
Quando irei parar?
Quando me cansar!
Esta claro que seria melhor se fosse a voar…

Mas voar para onde?
Se para onde vou nem eu mesmo sei
Assim demore o que demorar
Vou seguindo e quando chegar
Simplesmente cheguei!

Não tenho Tempo
Porque o Tempo não me pertence
Não tem dono nem descanso
Apenas existe, é do que me convence,

O Tempo que assim sei chamar
Não se formou ao assim se baptizar
Pois quando se assim chamou
Já ele se assim chamava e nada mudou!

Por isso tenho todo o Tempo que não me pertence
Lá vou eu na minha caminhada
Sem rumo , sem ter nada
Apenas eu e Mundo que a meu ser vence.

A Vida que tenho, tive sem pedir
Tive-a porque assim mereci?
Ou apenas para merecer tive de para cá vir?
Saber nada sei, só sei que viver ainda mal vivi!

Mas a caminhada ainda não parou
Vou  é seguir porque ainda não acabou
E dela chegar ao Tempo que mal começou

Nesta caminhada do Tempo
Que sigo por ter vida
Quero um empurro do vento
Para que sinta a vida mais vivida

O Tempo passa,
O Tempo não espera,
O tempo não pára
É a Vida do Tempo uma Era!