Bem Vindos ao Própria Poesia!

Bem Vindo ao Própria Poesia!

Boas leituras!!!

21/04/2011

Ausência Presente



De um inesperado surgiste,
Pela maturidade me conquistaste
Com uma simpatia própria me falaste
 E pelos teus dedos comigo comunicaste

Talvez invulgar, talvez diferente
Surpreendentemente invadiste-me a mente
Tenra idade que espelha maturidade
Torna-te um ser repleto de dignidade

Tenho-te talvez admiração, talvez espanto, 
A única certeza: és Especial
Diferente pelo que te deferência
És ser pouco banal
Tens em ti uma acalmia
Que acalma meu desalento

Complementada com boa disposição
Faz de ti um ser completo
Uma jovem vida de grande coração
Uma página desdobrável , um folheto!

É bom ter-te comigo, mesmo distantemente,
Reaproximar-me foi o melhor que fiz!
Tua amizade conforta-me virtualmente,
Quero-te bem, quero-te feliz!

20/04/2011

Uma vontade


Fecho os olhos, vejo Nada.
Imagens formam-se instintivamente.
Não controlo o que penso,
Vejo sem olhar, naturalmente.
                                                                          
Não forço a que nada surja, tudo fluiu;
Vejo o espelho do sol, serpenteante e
Na acalmia da sua chamada, sigo-o mas
Não o consigo alcançar.

Corro, devagar, movo-me sem me mover
Tento alcançar o espelho da luz do ser.
Sinto-me longe na sua presença.
Vou alcança-lo, é a minha crença!

Corro e mais me sinto quieto!
O sangue flui rapidamente em todas artérias, sinto-o!
Mas o coração bate desacelerado.

O sol continua irrequieto, admirando-se a si mesmo, talvez,
Fazendo-me admira-lo, também.

Ergo os braços e tento senti-lo, não consigo!
Vejo-o, mas não o sinto.

Tenho frio, sinto-me gelado
O sangue parece ter evaporado
Pergunto-me que se passara

Abro os olhos, a chuva continua caindo,
O vento frio sopra 
Tudo permanece igual.

Devaneio


Viver entre milhões,
Conhecer centenas,
Confrontar-me com dezenas
E, apenas identificar-me com unidades

Gostar de quem me é próximo
Desejar quem não conheço

Paixões ilusórias das quais não esqueço

Na incerteza de sentir ou não sentir
De ser ou apenas parecer,
Confronto-me com questões
As quais não tenho resposta

Como presas se ocultam do predador
As respostas escondem-se,
Como se sabendo todo o seu valor

Só, sempre só
Dou por mim a vaguear
De pensamento em pensamento
De ideia em ideia

Tudo flui rapidamente

Em segundos corro mundos
Fantasia ou realidade?
Nem eu mesmo sei

Como se entrasse em transe
Sonho, acordado, e vejo
A vida como ela é
Ou talvez como gostaria que fosse

A fluência dos pensamentos confunde-se
Fico baralhado,
Paro.

Pareço ter fundo à vista,
O escuro torna-se intenso
Consigo sentir bem perto
O coração a manter-me vivo

Sinto vida nas veias
Sem ter consciência de mais nada,
Mantenho-me vivo…

Em flash as ideias começam a definir-se,
As palavras deixam de ser difusas

Volto a pensar.

Organizo minha mente,
Ou apenas convenço-me que sim

Retomo, as questões permanecem .
Continuo sendo Eu.

No Teu Dormir profundo


Entregue ao descanso completamente manso, 
nulo, de aparência frágil e desprotegida, 
uma falsa paragem, 
um movimento suave do coração

Tento penetrar-te a mente, 
decifrar quilo que não pára em ti… 
saber o que imaginas inconscientemente, 
o que pensas tão silenciosamente nessa respiração quente

Emanas vida, sinto o teu calor, 
a temperatura sobe na tua presença tens vida,
 e és vida em mim

Cara tua, singular, talvez de anjo,
Um arcanjo que me vem salvar 
desta constante procura 
do que não encontro neste Mundo

Estou aqui a ver-te dormir, 
num sono profundo, 
entregue ao descanso do corpo…

E tu, que pensarias se me ouvisses dizer estas, talvez tolices?!

Não sei que me deu, fizeste-me pensar,
Mas sabes, é bom te amar!

Estou a sorrir ao ver-te dormir, 
são momentos como este que me fazem dizer:
                   É bom existir!

Mundo do teu ser


Mundo de seres, vidas,
Objectos, coisas, deveres, espectros.
Onde tu e eu estamos,
Mas só Deus saberá onde vamos.

Hoje faz o que quiseres,
Sem te esqueceres
Que as atitudes de hoje
Serão o teu amanha

Vive e deixa viver,
Com orgulho de saber
Que o meu ser já não seria o mesmo
Sem te ter

Não te afastes sem o querer,
Pois mesmo que o diga,
Eu não o vou fazer

Chegaste sem pedir união,
Mas trouxeste um brio
Em teu coração, que me levou
A dar-te a mão

Faz-me pensar como posso eu gostar
De um alguém que embora longe
Se tornou familiar.

Sem encontrar razão para este meu devaneio
Tenho receio de sentir
Algo que eu mesmo quero fugir

Mas digo sem me repetir,
O gosto por verdadeiramente gostar
Faz-me sem dúvida te admirar

Na tentativa de não cair,
Muito menos persuadir
Chego por fim a este meu concluir:

“Malisin, tornaste-te importante,
Aos poucos foste cativante,

Enfim, és quem desejo feliz
Num gesto que eu mesmo quis”

Fracassos do viver


Sonhos se constroem,
Vidas se moldam
Fracassos que doem,
Impactos que desolam

Vivendo, crescendo,
Aprendendo, convivendo,
Moldando e construindo
Lá vamos indo!

Mas, e quando fracassas?
Quando te desiludes, e
as forças se tornam escassas,
Mudas as atitudes?

Na plenitude do nosso ser
Tentamos encontrar respostas
Para poder viver

Por vezes sem vontade de procurar,
Sem força para continuar,
Lá vamos nós retomar a vida
Que não podemos deixar de amar

Fracassar e recomeçar,
Palavras que com o viver
Se aprende a conciliar

Obstáculos a transpor,
Dificuldades a superar,
Assim se compõe a vida,
Na inquietação de desistir ou continuar

Lutando com a razão,
Não deixando de lado a emoção,
Se tomam decisões
Que se tornam preocupações

O viver e o não poder retroceder
Estão unidos, para nosso bem dizer.

Numa relatividade onde o passado não muda, 
Mas o futuro se constrói,
É a ferida de ontem que por vezes dói.

Lutar, procurar, insistir e conseguir,
Preciosidades da vida
Onde também é útil saber desistir

Fracassos, onde perder e ganhar
Estão a par,
Cabe a nós sabe-los interpretar.

13/04/2011

Dependência de ti

Sinto-me bem contigo aqui,
Despertas-me o melhor de mim.
Diria que vivo para ti.
Tudo isto não pode ter um fim.

Vou viver o que der
Para te sentir o mais que poder.
És quem me guia,
És quem dizia que queria em meu coração.

Encontrei-te, não te posso perder,
Sinto que és tu aquilo que sempre procurei.
Incrível como mal te vi logo me apaixonei.
Por isso fica, segue-me no meu querer.

Não me deixes só, não vou gostar.
Tal como um Ser precisa de agua,
Eu preciso de ti para amar.
Este sentimento não pode deixar mágoa!

És festa, alegria em mim,
Não mudes, gosto de ti assim!
Fazes-me bem,
Como tu não há ninguém!

És minha dependência,
O meu coração bate por ti!
Não me deixes, entraria em decadência!
Sinto-me louco, como nunca me vi.

Penso, só penso em ti!
Em todo o lado te vejo,
És quem eu escolhi.

Se me concedessem um desejo
Pediria:
Um beijo sem fim de ti para mim!

Adolescência

Inconcreta, indecisa na certeza, 
Desorientada na revolta,
Apaixonante pela entrega,
Desconcertante no que carrega.

Tempo, espaço de autoconhecimento.
Entrelinhas desviadas pelas linhas destroçadas.
 Molde da vida, uma projecção demasiado sentida

Maturação. O tempo de decisão!
Onde erros se tornam cruciais,
O saber não desistir para ~
Ultrapassa-los faz-nos ganhar vivencias vitais.

Onde o simples se torna drama,
Onde o contrariar dá azo a intrigas
Onde o repulsar se torna vingança 
Escoltada pela imaturidade das nossas vidas
Onde os pais nos guião a traçar caminho, 
para poder dela segui-lo sozinho.

Pensa-se que somos incompreendidos
Que não nos levam em conta
Que somos rebaixados pela afronta!

Idade complicada, 
um turbilhão de movimentos, 
um conluio de momentos.

Uma facada vital que nos leva a viver menos mal!

09/04/2011

Revolta

Num Mundo de todos e de ninguém
Num Mundo de vidas,
Num Mundo que tanto tem
Num Mundo onde as verdades são esculpidas.

Onde as pessoas se manipulam
Onde se matam e ate degolam
Onde objectivos se tornam obrigatórios
Onde se fazem tantos actos inglórios

Revolta-me os que tanto se queixam
Os que reclamam mas nada fazem
Aqueles que podem ser felizes, e outros não deixam

Os que sofrem por nada ter de sofrer
Aqueles que tanto têm e mais querem ter
Outros que se resignam ao que são
E os que não lutam pelo que acreditam

Chateiam-me os que muito falam e nada dizem
Irritam-me “os senhores” da razão
Enervam-me os que reclamam de pão na mão
E ainda os que fingem fazer o que não fazem

Acho piada às modas
Aos que passam e ignoras
Aqueles que admiras sem conhecer
E os que detestas só pelo que aparentam ser

Chateia-me a repetição
Os que são aclamados por aparecerem na televisão
Os ídolos de ficção
E ainda os que cospem na própria mão

Gosto de originais
Os que não plagiam
E se tornam imortais

Revolta, é o que sinto
Por tantos defeitos encontrar
Mas não ser ninguém para os corrigir e apagar.

08/04/2011

Acompanho-me sozinho

Deitado, fluem-me pensamentos.
Olho as paredes que me rodeiam
Todas singulares, todas iguais.         

Duas janelas impedem-me
A fuga total do exterior.
Vejo sem querer ver Vida.
Estou vivo, morto por viver!

Desisti, sou fraco, não aguentei!

E agora?
Que faço?
Que penso?
Que direi?

Aguardo que as paredes me respondam,
Que os olhos fechados ouçam,
Que os ouvidos vejam,
Que as minhas mãos digam o que preciso!

Continuo esperando,
Vejo silêncio
Ouço nada
Estou só!

Preciso de algo,
Algo que não sei precisar
Que me faz falta para continuar!

Porquê isto? Porquê assim?
Tão confuso, tão estupidamente sujo
Tão Vazio de nada….

Quero um remédio, quero uma solução!
Mas…mas não o tenho… não a tenho!

Escuridão vs Luminosidade

Rodeado de clara escuridão
Vejo todo o nada que tenho na mão
Fecho os olhos vejo preto no branco
Limpo, puro na sua essência de espanto

Vejo cores no negro horizonte
Vejo de olhos fechados uma pequena ponte
Um caminho que posso seguir
Uma passagem de nível, um possível progredir

Quero alcança-la!
Necessito dela!
Esta ânsia que me sufoca
Impede-me de continuar

Não! não posso desistir, vou lutar para consegui-la alcançar!

Corro como louco, estou sem ar
Sinto que só após aquela ponte poderei livremente respirar

Estou mais perto, cada vez mais perto
Mas cada vez mais desfalecido mais lento!
As artérias parecem estar prestes a ceder, o coração move-se
Alucinantemente para me fazer continuar.

O sangue ferve-me nas artérias,
Não vou conseguir alcançar, não estou a aguentar
Sinto-me viçosamente morrer…

Rastejo pelo chão vazio, quero soltar-me deste preto negro
Que ao aproximar da ponte se começa a desvanecer,
a  transformar num branco luminoso
que me fará novamente Reerguer

Estou quase, estou no meu limite
As forças são infinitamente finitas
Pouco me resta, ou chego ou morro!

Ao aproximar-me, 
ao soltar-me indescritivelmente lento deste escuro,
 ao entrar no branco, ainda que desvanecido, começo a sentir vida
A ter com que me manter vivo

Sorrio, sinto que vou conseguir!
Ultrapasso completamente esta barreira.
Todo o meu corpo transpira, sinto-me fraco, Feliz!
Riu, gargalho,  alcancei o que quis!