Bem Vindos ao Própria Poesia!

Bem Vindo ao Própria Poesia!

Boas leituras!!!

09/08/2011

Apetece-me falar


Apetece-me falar, ser mal educado
Extravasar porcarias, memórias vadias
Dizer o que me na mente aparece
Mandar “fuder” quem merece!

Estou cansado de seguir linhas!
Quero ser vulgar!
Quero ser como aquelas galinhas
Que andam por ai a vadiar

Quero que se lixem!
Quero que morram!
Quero viver depois de alguém
Quero matar, mas não sei quem!

Estou doido, endoideci
Foi desta vil comédia
Deste país onde vivi e cresci
Desta imóvel porcaria
Que já não vive, vivia
Mas que me tem aqui…

Revoltado, chateado, roubado
Por tudo isto, mal tratado!
E quem foi? Uns cabrões
Que sacam dinheiro
Que podia encher camiões!

São milhões e milhões
E pronunciam-nos como
Simples trocados
Pudera, não são eles os roubados!

Cambada de ladrões,
Competentes na incompetência
Cobardes quando deles
Se quer mais dependência

Vejo que tanto falam
E o que ouço? Nada!
Na verdade cagam
Em quem trabalha
E a consciência? Leve!
E a carteira? Pesada!
É assim esta canalha!

Cansei de falar
E nem um terço disse
Quero apenas guardar
 Esta talvez  tolice!

Poupa-la para uma velhice,
Que adivinho, sem futuro.
Trabalhar no duro
Lutar para nada ter
É fudido, mas a muitos, teve de ser!

1 comentário:

  1. Peço desculpa pela talvez "demasiada" intensidade do poema. Não quero ferir susceptibilidades, apenas foi uma mais dura intervenção enquanto poeta, colocando-me na pele de quem sofre por politicas que só vêem ganho em aumentar impostos aos pagadores.

    Cumprimentos...:::ZARPANTE:::...

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