Apetece-me falar, ser mal educado
Extravasar porcarias, memórias vadias
Dizer o que me na mente aparece
Mandar “fuder” quem merece!
Estou cansado de seguir linhas!
Quero ser vulgar!
Quero ser como aquelas galinhas
Que andam por ai a vadiar
Quero que se lixem!
Quero que morram!
Quero viver depois de alguém
Quero matar, mas não sei quem!
Estou doido, endoideci
Foi desta vil comédia
Deste país onde vivi e cresci
Desta imóvel porcaria
Que já não vive, vivia
Mas que me tem aqui…
Revoltado, chateado, roubado
Por tudo isto, mal tratado!
E quem foi? Uns cabrões
Que sacam dinheiro
Que podia encher camiões!
São milhões e milhões
E pronunciam-nos como
Simples trocados
Pudera, não são eles os roubados!
Cambada de ladrões,
Competentes na incompetência
Cobardes quando deles
Se quer mais dependência
Vejo que tanto falam
E o que ouço? Nada!
Na verdade cagam
Em quem trabalha
E a consciência? Leve!
E a carteira? Pesada!
É assim esta canalha!
Cansei de falar
E nem um terço disse
Quero apenas guardar
Esta talvez tolice!
Poupa-la para uma velhice,
Que adivinho, sem futuro.
Trabalhar no duro
Lutar para nada ter
É fudido, mas a muitos, teve de ser!
Peço desculpa pela talvez "demasiada" intensidade do poema. Não quero ferir susceptibilidades, apenas foi uma mais dura intervenção enquanto poeta, colocando-me na pele de quem sofre por politicas que só vêem ganho em aumentar impostos aos pagadores.
ResponderEliminarCumprimentos...:::ZARPANTE:::...