Viver entre milhões,
Conhecer centenas,
Confrontar-me com dezenas
E, apenas identificar-me com unidades
Gostar de quem me é próximo
Desejar quem não conheço
Paixões ilusórias das quais não esqueço
Na incerteza de sentir ou não sentir
De ser ou apenas parecer,
Confronto-me com questões
As quais não tenho resposta
Como presas se ocultam do predador
As respostas escondem-se,
Como se sabendo todo o seu valor
Só, sempre só
Dou por mim a vaguear
De pensamento em pensamento
De ideia em ideia
Tudo flui rapidamente
Em segundos corro mundos
Fantasia ou realidade?
Nem eu mesmo sei
Como se entrasse em transe
Sonho, acordado, e vejo
A vida como ela é
Ou talvez como gostaria que fosse
A fluência dos pensamentos confunde-se
Fico baralhado,
Paro.
Pareço ter fundo à vista,
O escuro torna-se intenso
Consigo sentir bem perto
O coração a manter-me vivo
Sinto vida nas veias
Sem ter consciência de mais nada,
Mantenho-me vivo…
Em flash as ideias começam a definir-se,
As palavras deixam de ser difusas
Volto a pensar.
Organizo minha mente,
Ou apenas convenço-me que sim
Retomo, as questões permanecem .
Continuo sendo Eu.
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